CONCRETO

Afirmo para os que já se foram,

Sou eu, o réu sem sentença,

que confirma ter sido amado no feitiço.

Encantado, vejo-a se tornar brilhante

num lúdico sorriso do seu espreguiçar

pós decreto assinado.

Imagina!

Logo eu!

Eu, o desatinado comparsa

dos decadentes amadores, declino.

Agradeço à Horus por olhar por mim

Oro pelo poder do me despertar

e do sintoma histérico convertido

em uma alegoria carnavalesca.

No emaranhado do enigma

tento me entender e desamparado

por haver delirado

antes do início do sono descolorido,

opto por presentear um ponto final.

Dou um fim a trama,

levanto, desligo o telefone,

deixo meus problemas de lado

ligo a TV e vejo o mesmo filme de terror.

Tato studart
Enviado por Tato studart em 25/08/2012
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