Pelo amor da rosa
Uma rosa rubra e perfumada
Brotou no meu jardim,
Iluminando o meu nada,
Sendo tudo para mim.
Envergonhado, me aproximei,
Por tanta beleza enfeitiçado,
Nas suaves pétalas toquei,
Com o meu tato acariciado.
Mas a tentar a rosa pegar,
Para que minha fosse até o fim,
Um espinho veio a me cortar,
Tirando uma gota de sangue de mim.
Desde então, todo dia
A rosa eu ia visitar,
E sempre oferecia
Um pouco do meu sangrar.
A cada dia que passava
Ela continuava perfumada e formosa,
Enquanto eu enfraquecido ficava,
Mas só crescia o meu amor à rosa.
Depois de gotas mil,
Sucumbi no meu quintal,
E do meu corpo surgiu
Um lindo roseiral.