MÃOS

Nas extremidades dos membros superiores,

se sobrepõem amenas, singelas e habilidosas,

leves mãos que afagam, acolhem, tranqüilizam

num simples toque, gesto de mover.

Folheam manuscritos, papéis de carta, enxugam lágrimas

e tocam os lábios num gesto saudosista a reviver em

doces lembranças os lugares por onde ousaram passear.

Ágeis, volúveis, transbordam em devaneio tal qual deusas;

donas do poder, da arte de brincar com determinação e manusear o mundo.

Capazes de sentir e se fazer sentir em gestos nobres

através do dedilhar constante produzido por tendões; sem se esquecer que fazem guerra essas mesmas que emanam amor e paz.

Tamanha é a grandeza do significado das nossas mãos!

Obs: Essa poesia foi feita depois que conheci o Gabriel, meu amor. Quando nos apaixonamos não nos olhamos nos olhos, não nos olhamos no rosto a primeira vez, ele olhou minhas mãos, disse que sentiu um frio na barriga e que eu era a mulher da sua vida. Estamos juntos e felizes!