Sobre Jóias e Pássaros

Sobre Jóias e Pássaros

E na saudade não explicada
Muito pouco de mim para o eterno fluiu...
No derramar das letras me perdi...

Fui pedra amando pássaro
E ouvindo o canto do rouxinol
Me embriaguei de poesia
E clamei aos sete mares
Meu orgulho em ser artista...

Fui sonoridade ansiosa por prisão...
Eu fui cadeado
Fui barras de aço...
E no sonho deixei falar meu coração...

Em minhas rimas cantei a realidade...
Na saudade que sentia
Encontrei o pássaro que a luz do sol refulgia
Sombras tímidas nasceram...
E fomos pássaros com asas de liberdade...

Diga-me o que sabe sobre eternidade?

Eu fui um poeta equilibrista
Todo meu tesourou foi legado de fantasia
mas no silencio da morte...
Eu deixei de ser o poeta da dor
para louvar em meus versos a vida

Chorei muitas vezes minha sorte...
Mas foi no ouro enterrado sob a gama de mil holofotes
Que um anjo me falou sobre felicidade...
E na luz que renascia eu encontrei outro norte...

Diga-me algo sobre eternidade?

Um anjo me contou que ela existe
Diante a face dos amores que são forjados em verdade

Passamos por fogo e lapidação...
Milênios em distância...
Saudade... Separação....
Mas todo sofrer é justo
para ressaltar o brilho e o valor de nosso coração...