O DESTINO

Clara da Costa

O destino brincando de esconde-esconde,

um dia nos ensinou, por ironia,

a dizer adeus, no cantar da melodia de despedida,

naquele momento carregado de intensa melancolia.

Você olhou nos meus olhos,

se virou e... foi embora!

O tempo nos separou, fez o seu papel

mandou-nos para lugares distantes

deixando na alma sonhos tatuados de fel,

num enredo tresloucado e desconhecido.

Tentei esconder-me da tristeza,

perfurei a alma, abraçada com a solidão,

voei ao lado do beija-flor, procurando um lugar onde não houvesse saudade,

sorri solitária entre a multidão.

Tantos caminhos percorridos,

mas as lembranças continuam a bailar na mente...

teu olhar a dançar sobre o meu,

meu corpo a dançar sobre o teu.

A distância dói,

mas não separa sentimentos

nem apaga inesquecíveis momentos.

O destino continua nesse frenesi, sempre brincando,

apesar da distância, ainda nos inebriando,

com esse desvelado sentimento que nunca se perdeu na poeira do tempo.

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 22/08/2012
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