Havia o tempo...


Como a culpar alguém pela dor e pela vaidade...
Existia o tempo das flores suaves e doces.
Um tempo anterior a todas as cores e colheitas
Que ensejavam novos sonhos....

Se, adiante existiam mais jardins...
Olhos sem abrigos: lírios brancos à procura de paz!
Margaridas, violetas e tulipas,
Cravos e tantos escravos de amor...!

Se, antes existiam manhas a mainar teus sorrisos
E a brisa perfuma, trazendo os pássaros e,
Vida dentro de um paraíso...!

Como devo culpar-me agora...?
Se entre os jardins desses sonhos
Havia o tempo em que te amava?



De Magela e Carmem Teresa Elias
(Versão II)


(Em uma mesa, em um dos becos de Saturno: eu e ela. Falávamos descontraidamente de coisas que não se fala.
Falávamos de “era uma vez”, um faz-de-conta dentro de mim... adolescentes a lembrar os primeiros namoros. Ela, Margarida, eu um Cravo...)
Carmem Teresa Elias e De Magela
Enviado por Carmem Teresa Elias em 22/08/2012
Código do texto: T3843975
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