Em espiral.
Seu amor insensível
É de cortar os pulsos,
Perder o juízo.
E juntei segundos
Como se fossem preciosos,
Mas juntos são uma arma contra mim.
Me subtraio,
Me suspendo,
Sou minha própria cura,
Minha maior loucura.
E não haverá acorde
Mais insistente e tão retumbante,
Que essa música gasta,sua,na alma.
Não há um dia seguer
Que acorde sem ela tocar na rádio,
Envolve estranhos em bares.
Não é transcendental,
Não é o mesmo,
Seu amor é igual a muitos
E igual a nenhum outro.
Esse não sentir dói bem mais
Que qualquer morte cotidiana.
Venho me revivendo,
Tenho poucas páginas
Rasguei meus poemas.
Insensato,
Se tornou obscuro,
Sem mistério algum.
Rabisco e refaço,
Quero me reconhecer
Entre tantos.
O peito cheio de palavras,
Que acumulam,
Agonia
Me distancia,
Me equivoca.