A PRIMEIRA VEZ À SOMBRA DA ATEIRA

Já era bem tarde

O sol se escondia

E sem muito alarde

Teus lábios sorriam.

Embaixo da ateira

E bem sorridente

Entregou-se inteira

Corpo reluzente.

Beijava sua boca

Com muita volúpia

A coisa mais louca

Com muita astúcia.

O sol já se pondo

Por entre as matas

As aves se expondo

Por entre cascatas.

Grito de animais

Logo ao escurecer

Nunca irá jamais

Esse dia esquecer.

A sombra fagueira

Que um dia outrora

Embaixo da ateira

Guarda na memória.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 22/08/2012
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