A PRIMEIRA VEZ À SOMBRA DA ATEIRA
Já era bem tarde
O sol se escondia
E sem muito alarde
Teus lábios sorriam.
Embaixo da ateira
E bem sorridente
Entregou-se inteira
Corpo reluzente.
Beijava sua boca
Com muita volúpia
A coisa mais louca
Com muita astúcia.
O sol já se pondo
Por entre as matas
As aves se expondo
Por entre cascatas.
Grito de animais
Logo ao escurecer
Nunca irá jamais
Esse dia esquecer.
A sombra fagueira
Que um dia outrora
Embaixo da ateira
Guarda na memória.