INFINITO - Poesia de Fernando Matos

Viajei, sonhei o perfume

esperado, mas caí de um

pesadelo carnal, sem fantasia

e sem brilho de carnaval.

Senti a realidade cruel de

acordar e não enxergar

por debaixo de véu a Verdade.

Voei, voei alto ultrapassando

o limte máximo de Ícaro

ocasionando uma parada brusca

no ar, e despenquei em teus braços

macios e cheios de fantasia.

Era isso que minha alma queria

uma miragem real e uma

fotografia sem fundo falso

de imagem dupla.

Não quis andar na linha

porque só os sonhadores

caminham na estrada de ferro

das ilusões perdidas.

Vida que se perde no caminho

esconde abraços, beijos e

carinhos.

Sou eu um amor incompleto

vazio na noite escura,

completo nas palavras de amor.

Perdido e no retrovisor da alma

escuto o gemido de dor...

Uma voz silenciada

calma de quem ainda

ama e amada foi...

Algo assim nunca foi escrito,

para um sentimento deixado no

passado, escuro no presente

e perdido no infinito.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 20/08/2012
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