ODE AO AMOR FERVENTE...
Olhos famintos...
Lábios em brasa...
Cabelo labareda-fogo...
Tudo incendeia o recinto
por onde passas, sem rogo!
Se nos atemos...
Nossa!... Cai a casa...
Tua voz é como um rio
chegando ao mar...
Rio de água doce
a murmurar...
A querer misturar sua doçura
ao sal que há...
Rasgando as terras por onde passar...
Recortando as serras...
Inspirando a névoa daquele ar,
que aos ais dos suspiros
a respiração completa
como se fosse
sempre seguir
até desaguar...
Daí pra frente é desejo ardente
de veemente, se libertar
de dogmas e normas
e apenas orar
as orações com muita treita...
Deixa rolar pra se ver
aonde vamos chegar...
Fosse eu um barquinho
sem velas ao vento,
ao léu de intentos,
sem remos, remar...
Ao prazer do tempo e do vinho...
Versos e rimas, a deslizar com as ondas,
ainda que só pensamento.
Imaginar,
o que poderia ser
além do meditar...
Deixa eu ficar...
Seguir pelo oceano
garimpando o amor
pra se trocar...
E um imaginário piano a tocar
uma a valsa solene e dolente
a celebrar esse nosso encontro
nessa viagem sem destino,
a seguir nosso tino, vida a fora...
Daqui pra frente...
Pleno rio... Pleno mar...
ainda que só pensamento.
Imaginar,
o que poderia ser
além do meditar...
Deixa eu ficar...
Seguir pelo oceano
garimpando o amor
pra se trocar...
E um imaginário piano a tocar
uma a valsa solene e dolente
a celebrar esse nosso encontro
nessa viagem sem destino,
a seguir nosso tino, vida a fora...
Daqui pra frente...
Pleno rio... Pleno mar...