TUDO TEM UM FIM (A algumas das mulheres que amei...e àquelas que penso ir amar...)

Poema de Amor e de Amizade a Ti, mulher virtual, ou a Ti, mulher real, tu sabes quem és ou quem serás…

TUDO TEM UM FIM

Porque há amores inacabados, que acabam, desta forma, que acabam assim

Porque é a lei da natureza madrasta, ateia, que tudo incendeia, Tudo tem um Fim

Escuta, ouve esta doce e eterna canção, um som que tu só podes ouvir

É para Ti, o bater do meu coração…

Já tiveste um rosto dos gatos que adoravas e eu por ti lutei

Mas numa noite demasiado cruel para ser contada, eu a esperança pela janela da imensidão ao vento deixei

Escapar a esperança entre os dedos, como a areia na praia

Lágrimas que já não deito, mas que na mesma caem

Foste a minha psicóloga de serviço, numa perigosa mistura de papéis

Amei-te não o admitindo, e foi essa negação que me matou, que eu sempre neguei

E agora? És uma Borboleta que me confunde com a tua profundidade

És a única que restará, pois entre nós há algo mais forte do que o amor, há uma doce e profunda amizade

Porque me tocas de uma forma que eu não entendo

Porque és mar que me dilacera o rochedo

És um ar que respiro e não sei como respirar

És o mapa da imensidão, sem o qual não me sei situar

És amiga próxima, por vezes esquiva

Misteriosa, mas ambos sabemos que és uma boa amiga

Pela qual importei esses seres estranhos na minha natureza sem grandes leis

Por ti gosto de flores, borboletas e anjinhos, essa matéria prima de certos sonhos eu importei

Não falando das outras, que amei corporalmente demasiado pouco tempo para aqui as versar

Companheiras de noites e copos sem fim, com as quais ainda hoje não me importava de estar

Tenho saudades vossas, das utópicas, das reais, tenho saudades desses tempos

Tempos que não voltam mais…

Pondo-me então no meu elemento, as estradas do futuro por visitar

Tentando-te adivinhar o rosto, pois talvez seja nessa futuro que te irei encontrar

Pois amo-te, há uma eternidade que contigo faço e sinto amor

Afinal eu conheço-te muito bem, és tu a responsável pelo lugar comum desta dor

E por isso sinto a falta desses momentos que cadencialmente se perdem como lágrimas na chuva, como palavras ditas e reditas ao vento

Perdidas ou achadas, falta-me esse tempo

Por isso hoje te mando um beijo, a todas, as que me vão ler, ou mesmo aquelas que acabei por perder

A maravilha do futuro é isso mesmo: não sei, não faço a mínima ideia se esse beijo irás receber…