Ébrio de perfume.
Flamejarei encantado em versos ardentes.
Lavarei minh’alma entranhada da poesia,
Outrora furtiva nas entrelinhas que nasço
Recrio fantasias cicatrizadas pelas rimas
Desfeitas pelo amor como numa faxina.
Absoluto envolto em devaneios que canto,
Violam os poros, cala na boca ultimo beijo.
Instante que beija-flor beija a flor amarela,
Debruço na janela ao perfume da Nectarina.
Ainda que seja distante, tudo que invento.
Espera-se que as palavras nas frases soltas
Unifiquem pensamentos neste louco idílio,
Transporte as saudades como o colibri a flor.
Então envolvo na manta do anjo de flecha,
Atinja certeiro o alvo da esperança sólida.
Mergulhada em perfume de uma primavera.
Ostenta feliz o coração aberto como uma flor.
Toninho.