Devaneios por você
Pensei que você habitasse apenas meus ocultos sonhos,
E visitava-me em momentos inebriantes de loucos devaneios,
Personificava a sua presença física como uma força,
De proporções encantadoras e avassaladoras.
Algo intangível ao meu pobre alcance,
E que deixava na sua partida súbita, o gosto doce.
De um interminável beijo envolvendo a minha ilusão,
Insana e de contornos inconsequentes,
Inundada de fantasias prodigiosas,
Levando-me a completa insensatez fantasiosa.
Os meus sentimentos fragilizados,
Despediam-se da sua afável presença imaginária,
E ficavam sós, na penumbra e na escuridão,
Recuperando a razão, fui reavendo a lucidez,
Que havia se esvaído como a areia entre os dedos,
Sem a mais ínfima chance de retornar ao meu limbo,
E restaurar a sua presença holográfica,
A deleitar-se sob meus sonhos extremamente profundos,
Resto aqui, neste exato e implacável espaço de tempo,
Submerso em um mar obscuro e solitário.