OS MOTIVOS DO TEMPO - I (PASSADO)

De tão belo e de tão puro
Esqueceu-te de ser cauto
Sem limites e sem muros
Deu a tua cara ao falso

Escreveu por linhas tortas
Um fado, um desencontro
Fechou todas as portas
Nada acabou, nada ficou pronto

Fecha-te agora em moldura
Que a sentença está lançada
E cumprir pena tão dura
Faz-me a vida maltratada

Termine aqui, doce passado
Não mais importa teus motivos
Nem mais nada que foi pensado
Já que do outrora és cativo