Todos, já ouvimos, que o Amor tem misteriosos caminhos...
Pois, após exaustiva observação, ouso afirmar,
Que o Amor é direto.
É completamente reto!
Nós é que criamos os desvios,
Os desvãos,
Os abismos,
Os enlouquecedores labirintos.
Os doloridos vãos!
A dor no peito, que tira o ar...
 
 
Nossas fantasias malucas,
As personalidades, que se pensam, astutas...
A obsessão pela posse...
A nervosa tosse!
O escrutínio
Do domínio!
O festival de inseguranças...
As terríveis desconfianças!
O discurso decorado
E mal ensaiado!
Aquele que peca pela ausência aterradora
De originalidade...
...De cumplicidade!
Aquela competição constrangedora...
 
Incontestavelmente inútil,
Vergonhosamente fútil!



 

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O Amor é perfeito!
O ventre do grande leito!
Magnífico!
Alquímico!
Incapaz de causar qualquer tipo de dano.
A mais adequada estampa, o celestial acalanto...
A melodia...
A poesia!
O ritmo,
O secreto signo
Da existência!
A essência!
...A cadência,
Dessa imanência!
 
É óbvio, que o Amor
Não rima, espontaneamente, com dor!

 

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Não faz sofrer,
Nem se perder...
Não! Não enlouquece,
Nem ensurdece!
Não rasga,
Mas, sim, escancara!
É a sua ausência
Que dá a sensação de fim!
Em sua presença,
Reivindica-se um belo final para a sentença!
Amor nutre!
Une, funde!
Agita,
Porque lapida!
É o céu que desce,
E à vida engrandece!
 
 
 
 
 
Música indicada

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 15/08/2012
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