INSANA ESPERA
Clara da Costa
Bailando ao luar,
vagueio sem destino, sem bagagem
pelas horas que choram
nessas noites de saudade.
Sussurra o vento nas janelas,
passeia sobre as árvores, entre turbilhões
de sobressaltos, sensações,
feridas que ainda não foram cicatrizadas.
Pressinto teu sorriso
nas ondas das ilusões,
ouço tua voz numa inquietude sem fim,
nos lampejos das minhas emoções.
Palavras vão parar no papel,
misturadas com melancolia,
lágrimas e poesia,
que salgam teimosamente essa insana espera.
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