Se o tempo que me guardou...

Ah! Se o tempo te tivesse guardado pra mim!

Se os dias não tivessem passado inexoráveis...

Implacáveis...Insensíveis a meus apelos... aos meus ais!

Se a vida generosamente somente me oferecesse

Dias de festas, floridos, felizes...

Se o pranto derramado fosse apenas de felicidades!

Mas, no caminho percorrido colidi com

Muitas pedras...lágrimas de desilusão...

E as gotas escorregavam no meu rosto vencidas...

Pelo desamor... pela indiferença...

O esquecimento de um passado

ainda tão presente!

Quando os ensejos se esticavam

nas tardanças selvagens dos crepúsculos adormecidos

E o sol a espionar indolente no limite do infinito...

Na minha imaginação então eu serei um nada do teu abandono

E dos teus silencios que me consomem...

Mas e o tempo? Ele me guardou pra ti!