Amor reprimido (2)

Eu não posso mais ouvir a voz

Ou o grito que a garganta sufoca

Eu não posso ser cruel e algoz

Deste amor que já não trago à boca

Mas que teima em explodir em meu peito

Prisioneiro posto entre as grades

Que insurges contra o aço feito

Com as rosas rubras das saudades

Deste amor que não tem jeito

Como um arranjo em um jardim

Ou as flores de um canteiro

Como a dor do mundo inteiro

Cresce puro e verdadeiro

E apesar de derradeiro

Este amor, já não tem fim

Alexandre Montalvan
Enviado por Carlos D Martins em 12/08/2012
Código do texto: T3825942
Classificação de conteúdo: seguro