Mãos de jardineiro

Hoje estou garimpando meus poemas

Sem romper asperamente o sentimento dos sentidos

Cavando fundo onde se encontram as tristezas

Carregadas de vapores na reflexão dos raios solares

Iluminando a atmosfera das sombras ocultas

Como um lenitivo as magias que me cruciam

Sem os sonetos alexandrinos e clássicos

Somente versos de translação a individualidade

Algo como as cores do íris cujo brilho renova-se

Dentro dos meus diâmetros desiguais.

Mesmo nos jardins, cada flor, ai se faça em flor.

Conjuntando-se harmoniosa em minhas mãos de jardineiro.