ETERNO AMOR.

E foram-se os tempos da doce morena,

sopraram aos ventos palavras amenas,

molharam as águas, na chuva serena,

tornou-se pequena, a razão da morena.

Na noite a brisa, esquentou duas almas,

chamou as estrelas, iluminar este feito,

tão doce, tão puro, um amor deste jeito.

Coração que derrama lágrimas no peito.

As águas salgadas do mar deslumbrou,

fez-se do pranto um doce desejo.

A lua no céu, estrela brilhou,

e deu-lhe uma flor, pedindo-lhe um beijo.

O amante é poeta, um verso rimou,

tornando-se único o instante momento,

lágrimas rolaram, de solidão e de dor,

despediu da morena pois ela voou.

Prometeu-lhe amor, na vida e na morte.

- Com lindas palavras irei me lembrar,

da mais bela amada que o tempo levou,

para um mundo distante, irei versejar.

Sentiu-se sozinho o doce poeta,

na solidão de palavras, a noite passou

A morte chegou, o poeta rimou,

e foi morar com a mulher que ele sempre amou.