Alguém
No alpe de uma colina,
A mais alta,
Vejo teu rosto,
Um rosto sem segredos.
Da colina alta
E mais bela,
Vejo seu corpo,
O corpo inesquecível.
No mar manso,
Bem azulado,
Vejo sua sinceridade,
O seu calor eterno.
E eu uma pedra
No fundo desse mar,
Tão desigual,
Tão inigualável.
Da pedra à colina,
Uma união jamais imaginável,
Impossível até
De se imaginar.
Você, uma das coisas
Mais puras, mais belas,
Você é como o sol da matina,
Irradiando seu calor.
Irradiando o calor para
Aquele orvalho da noite,
Da noite serena,
Da noite aterrorizante.
Você é mais que isso,
Não cabe nem
Na imaginação obscura,
Ao se imaginar sua simplicidade.
Os seus cabelos negros
São como as ondas do mar,
Pois não existe coisa
Mais pura que isto, que Deus nos deu.
Seus olhos são como
O céu bem escuro,
Mas que ainda resta
Nele uma estrela brilhante.
A sedução de seus
lábios me evocam até
O fundo d'alma, e
Pergunto para mim mesmo.
Isto será real?
Você não tem quase
Ao que se comparar,
Ao que Deus criou e que
Eu conheça neste mundo.
O seu interior, a
Sua fala, o seu jeito
De ser, uma criança
De dia, e uma
Mulher à noite.
Pois quando vejo
O mar, é como se
Estivesse adorando
Os seus cabelos.
Nas estrelas, quando
Abro minha janela,
Vejo teus olhos, que
Se fixam para mim.
Ao pensar na minha
Alma, tenho a suavidez
De seus doces e
Únicos lábios que já vi.
Tenho tudo isto,
Aliás tenho você
Na minha imaginação,
Só tenho você, você
Em meus sonhos, em minha vida.
Perto na imaginação,
Mas na vida real uma
Imposição, de apenas
Tê-la por um instante.
E é isto que me
Sustenta, o que me faz
Viver, que vive em
Mim, é como se fosse
O meu alimento.
Pois é a ti que amo,
Você que tanto adoro.
Já não existem mais duas vidas,
Existe uma só, pois eu
Não estou mais em mim.
Porque!
Te amo!
Te amo!
Te amo!
E você não sabe!