Dia de viver
Vendo tempo que passa
Vendo o que o tempo me deu nas mãos,
Pois os dedos são à força de um coração
Que por estar parado parou de bater
A brutalidade de um dia
Reverte-se aos olhos de quem se vê
Não se podem ganhar todas
Mesmo que se queira muito
Escorreu dentre os ventos
Eles não sobraram lábios
Eles estavam desfeitos
Eles voaram ao longe de tudo
Agora se foi à espera
Dela se mostrou varias demoras
Dela se veio um adeus sem ser real
Dela se entendeu um fim fatal
Junto com o tempo
Não se guarda muita coisa
Junto com a tranqüilidade de uma tarde
Se vem muito há respirar,
Acalma um temor de pouca duração
Tem-se um dia de nebulosa escuridão,
Porque enquanto houver um sol
Haverá alguma chance de vencer.