o brilho da praça
não há pressa na praça...
até que ela apareça
o preço é a espera na praça
pelo que me satisfaça
pelo que me enobreça
parece que a febre
me abraça
eu temo que meu medo
cresça
situação clássica:
sentado num banco,
na sombra, se não cansam,
pernas se cruzam
e descruzam
crianças brincam com graça
algumas fazem pirraça
em tudo vejo fumaça...
até que ela surja e aconteça
o que me conserta a cabeça
e faz com que eu me esqueça
que vivo sob a ameaça
de que ela não me apareça
de não ver o brilho da praça
ou de ter o que me entristeça
mas agora ela vem vindo
saltou do bonde
dos meus sonhos e devolveu
a calma ao meu coração
apressado