o brilho da praça

não há pressa na praça...

até que ela apareça

o preço é a espera na praça

pelo que me satisfaça

pelo que me enobreça

parece que a febre

me abraça

eu temo que meu medo

cresça

situação clássica:

sentado num banco,

na sombra, se não cansam,

pernas se cruzam

e descruzam

crianças brincam com graça

algumas fazem pirraça

em tudo vejo fumaça...

até que ela surja e aconteça

o que me conserta a cabeça

e faz com que eu me esqueça

que vivo sob a ameaça

de que ela não me apareça

de não ver o brilho da praça

ou de ter o que me entristeça

mas agora ela vem vindo

saltou do bonde

dos meus sonhos e devolveu

a calma ao meu coração

apressado

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 08/08/2012
Código do texto: T3820336
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