Os indiferentes...
Quando os olhos perambulam por aí
E vendo não vêem,
Será Paz que sentem os distantes?...
Será a indiferença que os consome?...
Ou é a lonjura que envolve as almas tristes
E nela se perdem eles com seus “ais”?
O que procuram os indiferentes?
Procuram?!...
Que pensamentos abalam suas mentes
Que os fazem suicidar-se temporariamente
Afastando-os do viver?
São almas tristes que não vêm as flores
E distraídas andam nas distâncias
“Pisando estrelas”...
Os que vendo não vêem
Serão almas machucadas pela vida
Perdidas de amor por trás da indiferença?
O que os faz fugirem do presente
E se esconder por trás de um rosto ilegível?
O que há nestes rostos inexpressivos?!
Serão egoístas ou são Mortos-Vivos?
Almas sinistras ou apenas
Prisioneiros... De emaranhada vida?
(Os que parecem ser indiferentes
Podem estar ensandecidos pelo Amor...)
Não os julgues:
Por trás da indiferença há inquietude,
Há desespero que não deve ser mostrado
Porque são frágeis e estão despreparados
Para as dores que surgem amiúde...