Despedida

Meu amor...

Não irei mais chamar-te assim,

Eis a despedida do nosso tratamento,

Hoje compreendi que chegou ao fim

A ilusão que patenteou nosso relacionamento.

Dei-te flores, colhi espinhos...

Tua frieza congelou-me a alma,

Em tua mão percebi que a palma

Já não trazia o mínimo de carinho.

Minha amiga...

Esta é uma forma deveras pejorativa

E odiarei tratar-te desta maneira,

Melhor que te afastes, não me sejas companheira

De uma amizade que perdeu suas nuances atrativas.

Meu olhar...

Quando visualizares meus olhos,

Neles perceberás quão forte é meu desprezo,

Levo nosso convívio ao inevitável enterro

Que buscaste ao distribuir-me abrolhos...

Se sofro com tua indiferença?

Que importa a ti o que comigo se passa?

Tiveste de mim atenção que te dei de graça,

Agora meu coração endureceu e em ti não mais pensa.

Sê apenas minha colega, infelizmente...

A convivência exige de nós sintomas de respeito,

Não foi possível congratular-se num elo perfeito,

Então que cada qual siga seu destino para sempre...

Adeus...

Que a felicidade bata à tua porta,

Querida foste enquanto me amaste...

Já que outros caminhos procuraste,

Faço da solidão amante de minha aorta!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 07/08/2012
Código do texto: T3818977
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