Pseudo Haikais II

A ÁGUA LIMPA

REFLETE O MEU ROSTO:

NÓS SOMOS UMA...

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MANHÃ GELADA.

GEADA NO CAMPO FRIO.

MULHER PROCURA...

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LUZ NO DESERTO.

LUA RESPINGA AREIA...

OÁSIS VAZIO...

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SOMENTE UMA FLOR.

PÉTALA POR PÉTALA

DESFAZ-SE EM DOR...

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MÃE Natureza

Recolhe filhos mortos:

Planta-os de novo...

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Verde da relva

Ofusca. Doem meus olhos.

Mas estou aqui...

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E UM RECADINHO, FUGINDO AOS PSEUDO HAIKAIS II:

- Ah! Não te abatas frente aos dissabores!!

Olha! Ainda há tempo para matar amores:

Os que não te levam a lugar algum

E os que não te fazem, de dois, ficarem um!...

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PENSAMENTOS SOLTOS

Quando teus olhos se apossam dos meus

Almas se beijam...

Ah! Como os olhos falam...

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Virgens. Aonde andarão?

Há virgens no corpo e há as na alma...

- Mas... Quais serão?!...

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- Não tenhas medo!!

A Morte um dia alcança

Tanto os que a temem

Como os que a desejam.

Deixa que ela chegue docemente,

E permite que se aposse devagar

E tome conta do teu coração...

Recebe-a... Com mansidão!...

Mas o que tens de fazer, faze-o no Agora!

Vive! Mas vive no Aqui!

Ama! Mas ama completamente,

Entregando totalmente a ti!

Não deixes para mais adiante:

O “mais adiante” chegará?!... Não sei!

A Morte ceifa o joio e o trigo

E os afasta daqui!...

O tempo que tens, o Agora,

Para ti não voltará.

Não espera, portanto,

Para a Feliciade fruir:

Se esperas, poderá passar teu tempo

E assim

Tudo extinguir...

Não tenhas medo de Viver

nem de Morrer!

Tenhas medo, isto sim,

É de fugir...

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OS LOUCOS

Ah! Os loucos!...

Os loucos são aqueles

Que povoam vidas

Com seus sonhos!...

E se refugiam no não ser, sendo,

Para não pensar e sofrer!

Ah! Os loucos foram machucados demais

E se escondem em sua loucura

Para se proteger

Fazendo a realidade ao seu redor

Ser como o que sonharam...

São possivelmente os mais felizes

Abrigados no não ser

Para não sentir...

Recriam a realidade

Que, em sonho, se transforma!

E assim Vivem!...

-Talvez sejam os únicos felizes no planeta!...

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A GOTA DE ORVALHO

Era uma pequena gota de orvalho

Perdida naquela manhã.

Rebrilhava qual rútilo diamante

Na verde relva, sem aroma ou cor

E sem alma...

De repente

Um pé de chumbo

Esmagou-a no barro dos caminhos.

A gota de orvalho nasceu com vida

- Efêmera, talvez! –

Mas foi afogada na lama

Morta

Pelo tacão da bota do invasor

Tornando-se Nada...

- Às vezes,

É assim que eu sou...

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ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 07/08/2012
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