PERDER-TE

Ontem tive saudades

Hoje reconheço a impotência da razão

Pela lógica intrínseca de pueris adjetivos

Desconhecedor que sou de tuas vertentes

Pela anunciação premonitória do tempo

Sei não haver atrofia em minhas sensações

E tenho ojeriza ao estóico adeus da ausência

Centrada no prolífico habitat das ilusões

Pela congeminência germinada no instinto

Que singra os mares evanescentes do supérfluo

Centro da prolixidade de discursos natimortos

Embevecidos pelo sofismo das reminiscências

Onde coabitam o epígono de modernidades mutantes

Mesmo onde o isomorfismo nos una indissoluvelmente

Percebo estar lasso e dessincronizado nossos tempos

Mesmo não sendo o prócere de teu íntimo reino

Nem tampouco desejo um solilóquio sobre nós

Quero fugir desse medo que me emula constantemente

Auscultando o que tens a dizer a respeito desse meu medo

Para unir nosso cognoscente e cognoscível expressamente

Fazendo com que desfaça no ar esse meu pesadelo coruscante

E essa agônica sensação de um dia não ter você em plenitude

Pois hoje sou forjado e moldado nos céus de teus vastos encantos

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 07/08/2012
Código do texto: T3818835
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