DEUSA DA NAVEGAÇÃO


Dessa vida, sou só um simples inquilino,
mas tenho tambem, o meu sonho pequenino,
que caminha, sei, sem nenhuma direção...
Ou quem sabe? Para a aurora de um novo dia?
Ou para as rimas,de uma chorosa poesia,
junto de uma deusa, da navegação...

       Com desconhecidas mensagens
       com sonhos, por incriveis viagens,
       para as profundezas, da imaginação...

Falando das caminhadas, do solitário colono,
que vê caindo, as últimas folhas de um outono,
tentando passar para um poema, essas aquarelas...
Para que relembrar essas infinitas madrugadas?
Escrever sempre sobre as águas já passadas,
se já morreram as folhas, que vi tão amarelas?

     Folhas e flores, cor de rosas,
     são agora imagens, saudosas
     só posso ve las, em mortas telas...

São sensações, para a alma tão estranhas,
como para minha visão, olhando as montanhas,
tendo no fundo,azul apagado, longicuos montes...
Tudo em meu olhar, em sonhos, vejo tão longe,
como o barulho do sino, batido pelo monge,
tudo se fundindo, com o infinito horizonte...

         Sumiu o canto, do carro de boi...
         Mas meu sonho não se foi...
         Separa minha vida...Uma ponte...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 07/08/2012
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