CANTADOR DOS AMORES

Fui posto à vontade das liras e versos
Sem nenhuma maldade fui preso à poesia
Sentimentos gerados em escritos dispersos
Das flores, das dores e das fantasias

Pastor das letras conduzo o rebanho
Divido em grupos e formo palavras
Com a paixão e razão discuto, barganho
Não sou senhor nem elas escravas

Tristezas, alegrias, paixões e saudades
Não posso negar e nem posso sentir
Meus versos se formam ao sabor das vontades
Dos deuses do tempo que faz tudo nutrir

São meus de verdade nas minhas liras
Cada sonho que tenho e os levo em andores
E mesmo que todos morram em piras
Não deixarei de cantar meus doces amores