Boa Semente

Diante de fantasmagórico túmulo

Minhas lágrimas caíram e regaram a terra,

Vi germinarem raízes do fruto que se espera

Que é o amor dissociado das mãos do verdugo.

Semear-se a doce ventura do sabor eclético

É saber escolher os grãos que produzem virtude,

A colheita vence ao desencanto e se enche de plenitude

Deixando nas conchas do deserto os vícios patéticos.

Arar o sentimento é plantar-se a boa semente

Que o bicho da seiva não consome nem que tente,

Porque no soalho do coração há um tapete que reluz...

Na aorta acende-se o candelabro de insigne alegria,

As demais veias pululam felizes no cronômetro e vigiam

As horas de um suntuoso enlevo repleto de luz!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 06/08/2012
Código do texto: T3816626
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