REVOADA
REVOADA
E no revoar do vento,
aonde a lua acena ao sol...
Lá distante... Perto do infinito,
Onde mora o mar,
e o horizonte adormeceu...
Lá bem longe, muito além do meu dia...
Sob os céu que arde no meio do dia, lá...
Moram teus olhos,
que se perdem no futuro,
ou então se escondem do passado.
E revoam os pássaros também,
assim como se revolta os finos fios do seu cabelo,
lisos,
mansos...
Suaves como o desenho do teu corpo,
lindos, modestos e perfeitos,
travessos como o sentido da vida...
Que poderia ter sido diferente,
mas que decidiu ser como ela é...
E de mim também escondeu teus beijos,
assim como escondeu teus desejos,
assim como não entendeu as entrelinhas...
Assinadas com a malícia dos santos,
e a inocência dos demônios.
Sérgio Ildefonso