Velas em Chamas

Como a lua entre as nuvens,

Surgiu no pontal a poesia dos raios

Vindos do farol, já em melodias esmaecidas,

Sedentas por mais um verso, um traço,

Um apelo de pele, de vento, de astro... Sussurrar!

Na face, apenas uma lágrima

Descrevendo do pranto toda graça

Esculpida da silhueta, ali, cercada de venturas

Alusivas ao âmago querendo do seio a flor,

Da magia do lábio, sabor,

A íris insana... Entontece!

O ponto brilhante, vespertino,

Feito o bailar das vestes de amar,

Dançando com a brisa também murmurando

Pelos cabelos entrelaçados as mãos de carícias,

De máximas sutis... Brincando pelo corpo!

Por um piso parnasiano

Sinto no peito o caminhar das valquírias,

Trazendo entre pétalas o buquê que despontou

Em fragrâncias de afagar, de mistificar

O sonho sonhando n’alma despida... Embriagar!

05/08/2012

Porto Alegre - RS