QUANDO O AMOR DESFARRAPA, DESABANDONA.
O amor desfarrapa, descaleja,
desamedronta, desdoi, desmachuca,
desentristrece, desmelancoliza,
descoleriza, desderrapa.
Coloca as vértebras da alma no eixo,
faz cores berrar, faz o vento rever seu rumo,
faz o prumo rever seu prumo.
O amor desdestoa, desenferruja, desrasga,
desabandona, dessufoca,
desangustia, desdecarrilha,
desfede, desvomita, desdispersa,
engata os dias numa desavalanche.
Como se soubesse onde se escondem os
traíras, os engodos, os sufocos do coração.
O amor desmata, desobstrui, desafoga,
desafunda, desembaralha.
Como um nasciturno rebento rasga todos frutos podres
que se escondem nas sombras dos dias,
faz os passos ficarem mais descabrestados,
menos loucos, menos bastardos,
mais robustos, mais abraçáveis, mais gostosos.
Bem mais gostosos.
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