OXALÁ

Oxalá pudesse eu ainda ter ilusão e continuar

pensando ser amado da mesma forma

como demonstravas, nas noites de insônias dialogar com

a lua quando de seus costumeiros passeios.

Oxalá, pudesse em meios aos meus devaneios

sonhar estar beijando os lábios que a minha

maneira um dia julguei serem meus , assim como

acreditei que me amavas, mas que bobagem!

Oxalá pudesse ainda considerar que seu

perfume fosse só meu e ao completarmos,

sentisse saudade do cheiro oloroso do teu corpo

mesmo que estivesse colado ao meu...

Oxalá pudesse sentir a brisa tentando

falar comigo, como se sua intenção

fosse me transmitir algo semelhante

que no momento estivesse sentindo...

Oxalá pudesse prosseguir como o mesmo

pensamento que possuía um coração

de menino, que entre nós nunca seria construído

uma muralha embora o perigo de uma separação fosse iminente

Oxalá, o sentimento que partiu sem despedir

continuasse do mesmo tamanho que eu concebi, intangível

e repleto de paz, quisera nunca ter conhecido a dor

que hoje faz questão de morar comigo...

Oxalá nunca pudesse sentir o que hoje sinto,

é como viver na própria pele o que

as crianças se ressentem com os

castigos severos...

Oxalá esse grito não continuasse

entalado na garganta impedindo

minhas lágrimas, oxalá em minha vida

não fosse uma ave presa, que acostumou

a se alimentar com coisas rasteiras...

Oxalá não tivesse edificado meu

castelo de amor em um terreno

contendo só areia...

Wil
Enviado por Wil em 05/08/2012
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