VERSOS BRANCOS

Escrevi uns versos com relevo e vigor

nas camadas insípidas e brancas da neve,

onde fiz menção do teu nome para que não me

sentisse tão sozinho.

Por breve momento, ali permaneci como

como se estivesse cultuando tua ausência

tal qual, como os gregos cultuavam

os deuses do Olimpo.

Súbito, na hora suave do morrer do dia uma

radiante massa de neve desceu rápida e

violentamente, pela encosta das altas montanhas

ocultando o teu nome entalhado no gelo.

Aflito deixei no momento abater ainda mais minha

cabeça para chorar sem ter qualquer pejo, pois

o teu nome ali soterrado ofereceu-me mais

desânimo e tristeza.

Como as nuvens que passam o tempo também

passou e a lembrança, bem esta permaneceu

e o teu nome continua a transluzir toda a beleza

que conheci muito mais agora, depois que teus cabelos

embranqueceram como os meus que mais parecem flocos de neve.

Wil
Enviado por Wil em 04/08/2012
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