BIS

Dei-te vida tão festiva

No tempo uma existência

E um labirinto com saída

Dei-me a ti, me deu ausência

Dei-te crença fervorosa

Confiei nos teus ungüentos

Cantei-te em verso e prosa

Clareei o que foi cinzento

Deu-me um olhar distante

E um remoto horizonte

Num deserto delirante

Com solidões aos montes

Mas ainda em ti confio

E apesar de todo o horror

Deste viver doentio

Quero-te outra vez, amor