LIVRE

Posso enumerar meus desejos

Aliás, não posso...

Dormem no fosso do imponderável...

Quase sempre os esqueço...

Sequer me importam, tropeços,

Deles vivo a me esquivar...

Nem sei por que inda os teço,

Deixo-me escravizar...

Aliás, sigo liberta

De suas garras, venenos...

Livre vou, no abandono...

Deles me furto, a sorrir

De não os ter, já me ufano.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 03/08/2012
Reeditado em 03/08/2012
Código do texto: T3812305
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