DISTÂNCIA.
Tua nudez sob os holofotes de meus olhos
Regozija-me com prazeres sensoriais
Catapultando-me até teus pensamentos
Em carícias repletas de amabilidades
Então que seja mister essa nossa junção
Sem nenhuma ambição hedonista
No cerne dede nosso imbricado destino
E o façamos sem nenhuma jactância
E sim no íntimo de nosso elo particular
No ponto exato de nossos contrapontos
Em um dinástico querer ascendente
Sem resquícios de algo anterior a nós
E que não deixemos olvidar nosso presente
Pois o tempo é um déspota em si mesmo
Desantropomorfizado pelos segundos
Metamorfoseado no vazio da distância
No não seguidismo das superficialidades
Mas redargüindo ante todas as intempéries
Pela preponderância desmesurada do querer
Onde me encontro em teu grandiloqüente ser
Jogando-me destemidamente em tuas correntezas
Sem importar-me onde deságüe tua túmida foz
Apenas que me adentre no mar de tuas vicissitudes
Onde possa sorver profundamente toda tua real essência
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