POEMA DO AMOR SEM DÓ
O mato cresce
O tempo nos esquece
Muitas vezes não são atendidas nossas preces
O radiador do carro se arrefece
Nossas carências o esquecimento não as merece
Esta entrega é linda
É estrada que nesta vida não se finda
Amo-te sem contendas
Tua pele eriçada são minhas rendas
Meu descanso são tuas redes
Teus abraços minhas paredes
Teus olhos minha floresta verde
Tu rimas como minha rima
Remo com teu remo
Pra onde fores eu vou
Tu és meu quadro vivo minha obra prima
Tu és minha linha do Equador
Só quero te dizer que sem você
Sou abelha sem flor
Humano sem amor
Fofoca sem rumor
Espelho sem vaidade
Luz sem calor
Sonhos sem cor...
Sem você
Sou bêbado sem a “saideira”
Sou a uva sem a videira
Sem você sou rosa na primavera
E espinhos eu espalharei pela vida inteira...