POEMA DO AMOR SEM DÓ

O mato cresce

O tempo nos esquece

Muitas vezes não são atendidas nossas preces

O radiador do carro se arrefece

Nossas carências o esquecimento não as merece

Esta entrega é linda

É estrada que nesta vida não se finda

Amo-te sem contendas

Tua pele eriçada são minhas rendas

Meu descanso são tuas redes

Teus abraços minhas paredes

Teus olhos minha floresta verde

Tu rimas como minha rima

Remo com teu remo

Pra onde fores eu vou

Tu és meu quadro vivo minha obra prima

Tu és minha linha do Equador

Só quero te dizer que sem você

Sou abelha sem flor

Humano sem amor

Fofoca sem rumor

Espelho sem vaidade

Luz sem calor

Sonhos sem cor...

Sem você

Sou bêbado sem a “saideira”

Sou a uva sem a videira

Sem você sou rosa na primavera

E espinhos eu espalharei pela vida inteira...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 03/08/2012
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