Paixão

A serpente que em tua alma mora

Não demora e no raiar da aurora

Com o olhar me hipnotiza

E tal um cego, embriagado

Eu me entrego.

No emaranhado deste amor que me chamusca

É este morno sentimento, que de morno

Não tem nada e vai fervendo

E as margens do meu corpo

São teus olhos que me olham

E me queimam.

E penetram em minha cabeça

Não permitem que eu te esqueça

E me obrigam a sorrir

Para que eu não entristeça

E dizem o que fazer o que usar,

E aonde ir.

Há. . .Sentimento louco que me tira

O poder da decisão

E transforma o concreto em abstrato

O sensato em completo alucinado

Que se perde nesta imensidão

De desejos insanos, no desvario desta louca paixão.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 02/08/2012
Reeditado em 03/08/2012
Código do texto: T3810820
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