Levo-te entre ciclones toda inclinação


As ondas do mar arrebentam contra o casco,
E meneiam dentro do meu bucólico convés,
E vou cruzando como o português Vasco,
Na fúria do mar revolto, sinto os meus pés.

Viajando entre o céu e o oceano verde azul,
Levo-te no meu coração a mais bela flor,
Na agonia sem alegria das ventanias do sul,
A agitação extracontinental não faz ardor.

E o afeto guardado nas pétalas da minha flor,
Protejo do mau tempo e guardo-a com amor,
A pureza do olhar castanho azul, eu sou amador,
Dos pélagos que aviventam na proa sou andador.

Levando a única embarcação da rosa querida,
Que gemou nesta hora derradeira e cantou,
As águas bailam na minha melodia garrida,
Enriquece a profunda lua lá encima acenou.

Eu sou marinheiro e sou o dono desse mar,
Viajo em dilúvios para o meu amor se orgulhar,
Do meigo perfume que trago, eu vou encantar,
O riso desta pétala azul não há como se afastar.
Ambiciono-te neste barco em largas poesias,
Sonhando comigo e derramando as alegrias,
Juntos, somos o néctar de afetos sem avarias,
Almejando nas águas um só corpo em demasia,
Somente assim é a flor azul do meu universo,
Prateado nos aguaceiros do meu mar é dinastia,
Donzela dos cabelos longos, curtos e negros,
Aqui está a tua mais linda flor com o meu amor.



Vídeo indicado

http://www.youtube.com/watch?v=ZYRfUoR9Q4Y





ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 02/08/2012
Código do texto: T3810743
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