Teus olhos nos meus
                                                            
A singeleza de olhares
Que vaga por entre os pares
De isenta cumplicidade,
Em rara oportunidade,
Num majestoso apogeu
Cedendo à fatalidade
Pôs os teus olhos nos meus.
 
O tempo parou no tempo.
Falamos por pensamento.
Sem palavras proferidas,
Como se já conhecidas
Duas almas: sol e lua !
Parecendo que minha vida
Há muito aguardava a tua
 
Agora, assim, frente a frente
corações batem latentes
Num descompasso sem fim
Despertando querubins
Ansiosos em escutar
O que confessas a mim
Nesta linguagem de olhar
 
E ao te sentir tão perto
Fito teus olhos abertos
Em busca da luz que acalma
E converso com tua alma
corpos colados suspiram
Lábios seguram a fala
Quando meus olhos te miram.

 
 
Cesar Tomazzini
Enviado por Cesar Tomazzini em 02/08/2012
Reeditado em 02/08/2012
Código do texto: T3809206
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