E era Agosto...

A bolsa estourou!

Mas ainda não é tempo!

Que menina apressada...

Amada... Desejada...

E cabia ela

em todos os nossos planos...

Ela era um desejo meu - nosso.

E era Agosto...

Uma menina...

Sempre quis eu

ser mãe de uma menina

e ver-me nela...

No seu sorriso ao mundo,

nas molecagens e gargalhadas...

e sonhos todos bons!

E créditos na vida!

E sentimentos profundos...

E amores aos bichos...

E respostas sempre prontas!

Mas nada de desaforos...

Apenas e somente...

não os leva para casa!

E perceber no mundo

um lugar harmonioso

para viver-se e sonhar...

E amar muito... muito... sempre!

E chorar todos os choros...

Os de compaixão são os mais nobres choros.

Os de amores não correspondidos também.

E nos fazem crescer tanto, tanto...

Dores-regadores à nossa plantinha alma.

Pedia à ela a alma de poeta...

E fui atendida sim...

e sempre soube...

desde o dia em que ela,

nos braços meus,

sorriu para mim.

e nos reconheconhecemos...

almas que vêm do "azul"!

E era ela "azul"...

Então, ela sorriu.

E sorri até hoje...

Sorrisos fingi(dores)...

Sorrisos de Poeta.

Dos mais sinceros... e doídos.

Vai, filha minha....

Sente tudo e escreve...

Escreve... e sopro eu feridas tuas.

Como em tua infância:

"Mamãe tem a boca santa"

Eu dizia e tu te calavas o choro...

E me abraçavas ao beijo meu...

em teu machucadinho.

E beijarei eu - à eternidade...

Todos os machucados teus.

Machucados dos versos teus...

Machucados da vida à tua volta...

Da vida tua - vida minha.

Karla Mello

01 de Agosto de 2012

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 01/08/2012
Código do texto: T3808263
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