ALFORRIA

Maria Luiza Bonini

És prisioneiro de ti mesmo

Percebas que a masmorra não é de ferro

Foi construída em volátil etéreo

Evapora ao menor contágio

Com o calor da paixão, que te faz tão frágil

Reversível pena, em um só segundo, apenas

Diga à intrusa visão que te reclusa

Da paixão que te espera e que é tão bela

Diga dos devaneios_ que à tua mente_ presenteiam

Do deslumbramento, quando te imaginas

A vivenciar tua paixão, sem mais amarras

Sem temor e sem rancor do que deixaras

Entrega tua carta de alforria

Que a torne pública !

Pois nada mais é empecilho

Para que vivas, intensamente,

Teu tão sonhado idílio

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Maria Luiza Bonini
Enviado por Maria Luiza Bonini em 01/08/2012
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