ALFORRIA
Maria Luiza Bonini
És prisioneiro de ti mesmo
Percebas que a masmorra não é de ferro
Foi construída em volátil etéreo
Evapora ao menor contágio
Com o calor da paixão, que te faz tão frágil
Reversível pena, em um só segundo, apenas
Diga à intrusa visão que te reclusa
Da paixão que te espera e que é tão bela
Diga dos devaneios_ que à tua mente_ presenteiam
Do deslumbramento, quando te imaginas
A vivenciar tua paixão, sem mais amarras
Sem temor e sem rancor do que deixaras
Entrega tua carta de alforria
Que a torne pública !
Pois nada mais é empecilho
Para que vivas, intensamente,
Teu tão sonhado idílio
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