Tristeza
Se minha tristeza tivesse fim, poderia mudar meu teor,
E virar a página, do que há incontido no desfazer-se do nó.
No nascer de um novo dia, eu perceberia sua real beleza,
Eu poderia viver e amar, se não fosse esta tristeza.
Por ela me escondo e com ela sobrevivo e me divido,
Não há dor que não sinta, ou mal que não tenha conhecido,
Às vezes parece amiga, dorme e acorda comigo, não me deixa,
Mas de sua presença, minha alma reclama e, a mim se queixa.
Dela escrevo por ela me inspiro, nela Deus se manifesta,
É a presença reflexiva que nos poemas exprime grandeza,
Perder a graça de viver é tão fácil, quanto não achar um
Motivo para tal. Finar-se, é da tristeza o estágio terminal.
Como a “Narciso” me foi dado uma sentença, mas no espelho
D’água não vejo minha aparência, foi-se o tempo de doar-se
Ficaram lembranças saudosas, de um tempo que não volta,
Por nunca ter existido que, foi sonhado e não foi vivido...
Tornarei real minha ida, e peço: não sofram a saudade que deixo,
Num gesto final de nobreza, eu a levo no peito,
Estou cativa desse amor desfeito... Considerando minha frieza.
Sigo por aí, na busca incessante, pelo o lado bom da Tristeza.
E virar a página, do que há incontido no desfazer-se do nó.
No nascer de um novo dia, eu perceberia sua real beleza,
Eu poderia viver e amar, se não fosse esta tristeza.
Por ela me escondo e com ela sobrevivo e me divido,
Não há dor que não sinta, ou mal que não tenha conhecido,
Às vezes parece amiga, dorme e acorda comigo, não me deixa,
Mas de sua presença, minha alma reclama e, a mim se queixa.
Dela escrevo por ela me inspiro, nela Deus se manifesta,
É a presença reflexiva que nos poemas exprime grandeza,
Perder a graça de viver é tão fácil, quanto não achar um
Motivo para tal. Finar-se, é da tristeza o estágio terminal.
Como a “Narciso” me foi dado uma sentença, mas no espelho
D’água não vejo minha aparência, foi-se o tempo de doar-se
Ficaram lembranças saudosas, de um tempo que não volta,
Por nunca ter existido que, foi sonhado e não foi vivido...
Tornarei real minha ida, e peço: não sofram a saudade que deixo,
Num gesto final de nobreza, eu a levo no peito,
Estou cativa desse amor desfeito... Considerando minha frieza.
Sigo por aí, na busca incessante, pelo o lado bom da Tristeza.