UMA TARDE DE AMOR!
Um tarde de verão
Apenas uma leve brisa se atreve a soprar
Ainda assim
Um vento candente e com cheiro de terra
Admiro em um jardim
Borboletas bailando em sintonia.
Lindas borboletas azuis!
Meu olhar fixo em seus movimentos em harmonia
Fazem-me escutar a melodia interpretada.
Pensamentos distantes ocupam minha mente,
De uma tarde semelhante em que estive em teus braços.
E dançamos abraçados
Unidos em alma e espírito.
Por um amor alucinado.
Um amor capaz de qualquer coisa,
Capaz de fugir para uma entrega plena
De corpos insaciáveis.
Tuas mãos me pegaram e envolveram meu corpo frágil,
Enquanto me guiava a nossa canção eu quase flutuava.
Sentia teu perfume!
Teu coração ao compasso do meu, tocava...
Um beijo,
outro...
e outro...
Tantos,
e ainda assim foram poucos.
E teu gosto, em minha boca,
Ainda guardo.
Voam as borboletas desordenadas
E pousam em uma arvore abandonada
Tudo assisto, apenas em silêncio.
Enquanto sinto o vento soprando em meu rosto
Tentando enxugar uma lágrima.