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Escrever me faz transpor o tempo.
Eleva-me o sentimento,
Até o celeste pavimento,
Onde o todo movimento,
Obedece ao primeiro ardor,
Ao primogênito calor!
 
Onde o céu se abre.
A harmonia, já não se cabe...
Transborda
Por todas as bordas,
Por todas as dobras,
Por sobre a passagem das horas.
 
Escrevendo, reconstruo o mundo,
Com gentilezas,
Com delicadezas!
Com muito respeito,
Ao que carrego no peito,
Ao que me está cravado no mais profundo.
 
Afugento qualquer possibilidade de insegurança.
Mantenho o pensamento em permanente bonança.
Recosto-me no balanço
Do inquestionável encanto
Que emana da poesia,
Matéria prima de toda essa fogosa sinfonia!
 
Plena de bem querências,
Latências!
Absorvências,
As melhores premências!
A reciprocidade entre o azul e o dourado,
O puro e o alado!
 
Escrever me absolve
E me comove.
Remove
E devolve!
Promove
E me envolve
 
Em um manto,
Em um canto,
Onde a existência pulsa em magnífico tom,
Abençoado som
De luz e carinhos.
...A paz dos ninhos!
 
 
 
 
Vídeo complementar:
Leoni e Léo Jaime
“Fotografia”
 

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 31/07/2012
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