O FAROL
JB Xavier
Eu, que de amor careço tanto,
Mal pude ouvir
Quando escutei.
No entanto,
Vi,
E encontrei
O oásis esperado, e quanto !
Mas, se de amor careço,
Ainda
Há resquícios de amor para dar,
Há indícios,
Ilusão que não se finda,
Há um oceano inteiro
Para navegar !
Então,
Na vastidão
Desse oceano interior,
Lá nos confins,
Em sua parte mais escura,
Ha um farol,
Imóvel como uma pintura,
Há uma candura
Que vem do desconhecido,
Há um bramido
De opulenta majestade,
Há uma tempestade
Sob a superfície
Que aos poucos se assanha...
E eu, que de amor careço tanto,
Ouço no bramido o canto
De mil sereias,
E observo a luz caindo nas areias,
Essa luz que permeia
Outro radiante dia...
E me pulverizo em mil lugares
Volatilizando meu ser...
Tinha razão o poeta:
O amanhá existe sim,
Só falta acontecer !
* * *
JB Xavier
Eu, que de amor careço tanto,
Mal pude ouvir
Quando escutei.
No entanto,
Vi,
E encontrei
O oásis esperado, e quanto !
Mas, se de amor careço,
Ainda
Há resquícios de amor para dar,
Há indícios,
Ilusão que não se finda,
Há um oceano inteiro
Para navegar !
Então,
Na vastidão
Desse oceano interior,
Lá nos confins,
Em sua parte mais escura,
Ha um farol,
Imóvel como uma pintura,
Há uma candura
Que vem do desconhecido,
Há um bramido
De opulenta majestade,
Há uma tempestade
Sob a superfície
Que aos poucos se assanha...
E eu, que de amor careço tanto,
Ouço no bramido o canto
De mil sereias,
E observo a luz caindo nas areias,
Essa luz que permeia
Outro radiante dia...
E me pulverizo em mil lugares
Volatilizando meu ser...
Tinha razão o poeta:
O amanhá existe sim,
Só falta acontecer !
* * *