QUEM SABE

Quem sabe a rosa

não tenha mais o mesmo cheiro,

ou é o amor que está passando ligeiro

sem que eu tenha tempo de amar.

Quem sabe eu não seja livre

e nem a liberdade deste lugar.

Eu seja assim como um rio,

vivendo os meus desvarios,

correndo no tempo sem parar.

Quem sabe de amor eu já esteja morto,

ou talvez por amor meu coração jamais morrerá.

E assim numa forma de aborto,

eu arranque a tristeza deste porto,

por amor sorrir e nunca mais chorar.

Quem sabe você não saiba

que o perfume e o beija-flor,

tem o mesmo sentido do amor

por se deixarem assim no ar.

Quem sabe eu esteja totalmente errado,

a rosa ainda tenha o mesmo cheiro

e seja eu este beija-flor aventureiro,

quem tem muito perfume para aspirar...

Paulo Del Ribeiro
Enviado por Paulo Del Ribeiro em 28/07/2012
Reeditado em 11/03/2013
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