AO MEU AMOR
“AO MEU AMOR”
Confinas,
O medo que chamo,
O medo que reclamo,
A dor que proponho
Ao amor que não respondo
Que reponho
Ao sol que a adivinha
Vinha,
Para o meu lado!
E que exclamo tanto,
Aos mundos perpétuos de espera
Que amo àquela,
Somente aquela,
Que viverá ao meu lado!
E que tramo
Com o impasse que não sacia,
A fazer-me esperar
Mesmo que uma fração,
De um gesto,
De um falar,
Seja um tempo eterno tempo
Que não parece suplantar
O desejo de se estar ao seu lado.
Verso de procura e de glória
De alguém que a ti gosta
Mais que as confidências
Que esclareçam a existência que temos
Que receba as carências
E a gula do vento,
A lua e o fresco
Que a conduza a cada dia mais...
Às juras...
De meus abraços e de meus beijos!
Parceiro de espera
Enfrento as súplicas da natureza
E a todos os tormentos
Da semente que brota
A todos que vão sofrendo
E que fazem nula a sentença,
De um vazio momento.
À ação de seus beijos,
Que se aproxima,
À perdição dos meus medos,
Enfim, se agita...
A presença de um mar,
Não mais revolto...
Sendo agora, o dolo,
Para uma angústia,
Que morre à praia varrida!
Que consome meu corpo
Que clausura o sopro
E cora-se em pura abertura
Em música única
Pública,
Para o aplauso mais vigoroso,
Dos sonhos,
De todos que amam,
E que se tornam formosos
Pela alegria que lhes alucina.
Que comungo,
Que é consenso,
Que não temo,
Seu amor se aproxima!
Que forra
Os campos de minha vida,
Que é flora,
Para dias de sol
Em que seu sorriso se avisa,
Que me trilha
Ao horizonte de um amor perpétuo
De fúria desvalido,
Da solidão de um passado morto
Ao vivê-lo!
Ao meu amor,
Eu dou a minha vida,
Eu dôo a minha querida,
A felicidade para todos os tempos.